domingo, 31 de maio de 2009



GIANNA JESSEN - SOBREVIVENTE DE UM ABORTO


Sonia Rosalia Refosco de Oliveira




O depoimento que vocês verão a seguir não é apenas uma prova da existência de Deus, mas um reconhecimento de gratidão diante do carinho e predileção de Pai para filha.

Cada vez mais, os abortistas tentam impor a idéia de que o aborto deve ser uma opção da mulher. É o corpo dela, a vontade dela e ninguém pode obrigá-la a ter um filho que não quer. Em nome da suposta opção de uma mulher, uma outra mulher deveria ser assassinada: Gianna Jessen.

Gianna foi condenada à morte por sua mãe e por profissionais da medicina, justamente aqueles que mais deveriam proteger a vida inocente daquele que ainda não nasceu, mas Deus tinha planos diferentes para Gianna...

Convidamos a todos para que assistam aos vídeos e não se calem. Comentem, discutam esse fato inédito. Essa moça não pode e não deve ser uma voz isolada.







www.giannajessen.com



sábado, 16 de maio de 2009
















A IMENSA ALEGRIA DA FÉ


Valter de Oliveira



A Igreja nos ensina que “Desejar a Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus” (1). (27). E se nascemos chamados “a conhecer e a amar a Deus, o homem que procura Deus descobre certos “caminhos” de acesso ao conhecimento de Deus”. (31). (...) Estes caminhos para atingir Deus têm como ponto de partida a Criação: o mundo material e a pessoa humana. (32).

Mais adiante diz o Catecismo:

“A Santa Igreja, nossa Mãe, sustenta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana, a partir das coisas criadas” (Conc.Vaticano I: DZ 3004). Sem esta capacidade o homem não poderia acolher a revelação de Deus. O homem tem esta capacidade porque foi criado “à imagem de Deus” (36).

Em suma, podemos conhecer Deus de dois modos: por meio da razão e por meio da revelação.

A razão tem por finalidade a verdade. Ela é a luz natural que Deus deu ao nosso entendimento para conhecermos as coisas.

Será que podemos conhecer verdades religiosas com a simples força da razão natural, - isto é, sem intervenção especial de Deus? A doutrina católica responde afirmativamente. Com efeito, podemos conhecer que há um só Deus, que temos alma, que há uma outra vida depois da morte, etc. (cf. Dz. 1785, 1806, 2145, etc.).

Contudo, apesar disso, fomos todos afetados pelo pecado. “Nas condições históricas em que se encontra, o homem experimenta, (...) muitas dificuldades para chegar ao conhecimento de Deus só com as luzes da razão (37).

Assim sendo, por amor a nós, “para que o homem possa entrar na sua intimidade, Deus quis revelar-Se e dar-lhe a graça de poder receber essa revelação na fé”. (35). ‘Todos temos necessidade de sermos esclarecidos pela Revelação de Deus’. (38). E a Revelação do Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó foi completada e teve sua plenitude com Nosso Senhor Jesus Cristo.

E se tivemos a Revelação não podemos conhecer nem amar, nem servir a Deus como Ele quer e manda, senão aceitando as verdades, preceitos e meios de santificação que Ele Se dignou comunicar-nos.

Outro procedimento significaria desprezo pelo que Deus disse, considerando-o inútil ou indiferente. É o erro de muitos em nossos dias. Erro de quem não percebe que Deus é “nosso Amo e Senhor, e criou-nos para seu serviço. Em conseqüência, temos obrigação de O honrar e servir na forma que Ele Se digne determinar” (2 Sala, p. )

Se Deus nos não tivesse feito nenhuma revelação, bastaria a Religião natural para nos salvarmos. “Desde o momento que Deus Se revela, não é lícito pensar que tanto faz uma religião como outra qualquer - indiferentismo religioso -, mas importa aceitar essa revelação divina, que constitui a única religião verdadeira”. (op.cit. p ) (O que não está em contradição com o que diz o Catecismo quando trata das outras religiões)

Nós católicos cremos não só na Revelação, mas cremos no conteúdo dela tal como foi transmitida e interpretada pela Santa Igreja.

“Graças ao sentido sobrenatural da fé, o conjunto do povo de Deus não cessa de acolher o dom da Revelação divina, de nele penetrar mais profundamente e de viver dele mais plenamente”. Cat.(99).

De momento não queremos discutir quais são as razões que temos para crer. Vamos nos ater a nosso objetivo principal. Mostrar que a Fé nos dá alegria. E para isso vamos citar uma passagem do livro “O Sal da Terra” na qual Peter Seewald pergunta ao cardeal Ratzinger:

“A verdade sobre o Homem e Deus parece ser muitas vezes triste e pesada. A fé, em si, só é suportável por naturezas mais fortes? Muitas vezes é tida como uma exigência demasiado grande. Como podemos alegrar-nos com a fé?”

"Eu diria, pelo contrário, que a fé dá alegria. Se Deus não está presente, o mundo desertifica-se e tudo se torna aborrecido, tudo é completamente insuficiente. Hoje se vê bem como um mundo sem Deus se desgasta cada vez mais, como se tornou um mundo sem nenhuma alegria. A grande alegria vem do fato de existir o grande amor, e é essa a afirmação essencial da fé. Você é alguém indefectivelmente amado. Foi por isso que o cristianismo encontrou sua primeira expansão, sobretudo entre os fracos e os que sofriam."

(...).

"Pode-se dizer que o elemento fundamental do cristianismo é a alegria, não me refiro à alegria no sentido de um divertimento qualquer, que pode ter o desespero como pano de fundo. Como sabemos muitas vezes o divertimento é a máscara do desespero. Mas eu me refiro à verdadeira alegria. “É uma alegria que coexiste com uma existência difícil e que torna possível que essa existência seja vivida.”"

“Viver sem fé significa que, primeiro, uma pessoa se encontra num estado niilista e que depois acabará por procurar pontos de apoio. A vida sem fé é complicada. Quando se considera a filosofia da incredulidade em Sartre, Camus e outros, vê-se claramente isso.”

...A fé também torna o homem leve. Constata-se bem isso nos Padres da Igreja, sobretudo na teologia monástica; crer significa que nos tornamos como anjos, dizem eles. Podemos voar, porque já não temos de suportar nosso peso. “Tornar-se crente significa tornar-se leve, libertar-se da força da gravidade, que também nos puxa para baiso, e entrar desse modo, no flutuar da fé.”

Tornar-se leve, libertar-se, flutuar na fé... Conhecer, amar, servir a Deus e encontrá-Lo... Não é tudo uma imensa alegria?





Notas:

1. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Gráfica de Coimbra, 1993. Os números entre parênteses no texto referem-se aos números no Catecismo e não a páginas.

2. CURSO DE TEOLOGIA DOGMÁTICA – Sala/Monroy.

3. RATZINGER, Joseph Cardeal. O Sal da Terra, O Cristianismo e a Igreja Católica no limiar do terceiro milênio.Imago, Rio de Janeiro, p.23-25.

segunda-feira, 11 de maio de 2009



TEOLOGIA E FÉ: UMA BREVE REFLEXÃO


Valter de Oliveira




Em sua obra, Riquezas da Mensagem Cristã, D. Cirilo Folch coloca como introdução à sua obra teológica a questão da fé. “Todos os capítulos deste livro versarão sobre a fé que procura entender, fides quaerens intellectum... Parece normal começarmos por refletir sobre a própria fé. Que é crer?” (1)

Deixando de lado o uso comum da palavra, como também o filosófico, D. Cirilo diz:


(...) Se disséssemos que a fé consiste na adesão a Jesus Cristo e a sua mensagem, estaríamos exprimindo-a corretamente, mas haveria que precisar qual a modalidade de adesão, suas motivações, sua perspectiva. E deveríamos emprestar-lhe um significado capaz de abranger a atitude religiosa dos que não chegaram a reconhecer a Cristo, como é o caso (...) dos personagens do Antigo Testamento, nos quais a própria Bíblia reconhece genuína fé, isto é, uma orientação para Cristo” (2)

E como fazer para conseguirmos uma conceituação adequada? Apelando aos pressupostos da Teologia.

Segundo estes “existe uma revelação divina, uma salvação, uma ordem sobrenatural centralizada no mistério de Cristo. Temos de situar-nos no universo lógico da teologia e, portanto no interior da própria fé. Só quem crê pode realmente vislumbrar a grandeza disto que é crer”. (...)

Partiremos, pois, do seguinte princípio bíblico muito genérico: a fé é aquilo pelo quê o homem se torna agradável a Deus e se põe a caminho da salvação, é o “início da salvação” (3).

Para alguns, diz D. Cirilo, a atitude de resposta à salvação será a daqueles que não tiveram a graça de conhecer a Revelação e esta lhes “chega apenas em tênue luz lhes oferecida no íntimo” (...) “a fé será o reconhecimento da misteriosa fonte dessa luz” (...). “Talvez ela consiga apenas vislumbrar que existe um Deus remunerador dos que O procuram”.

“Em sentido estrito, porém, crer é corresponder à revelação divina que está no Evangelho e que a Igreja anuncia. Corresponder, dizemos, ao menos no nível basilar de acolher com convicção.” (4)

O que o IDTEO deseja é que todos nós saibamos aproveitar nossos estudos teológicos para crescer no amor a Deus e ao próximo, na fidelidade da fé católica, contribuindo para aumentar a unidade e o amor na Igreja de Cristo.

E o que devemos fazer para realmente crer? Vejamos novamente D. Cirilo:

“Para crer, completa S. Tomás, é preciso certo desejo do bem prometido, o anelo de felicidade que Deus oferece. (...) E isto já é um começo de amor”.
“A caridade se segue, do ponto de vista genético, à fé. Não a precede, pois dela recebe seu objeto e assim é na fé “viva”, animada pela esperança e caridade, que se verifica plenamente a orientação da criatura para Deus”. (5)

Esta fé é, para nós, razão de imensa alegria. É o que comentaremos em próximo artigo.



Notas:

1. GOMES, D. Cirilo Folch. O.S.B. Riquezas da Mensagem Cristã. Lúmen Christi, Rio de Janeiro, 2ª Edição, 1981.

2. p. 9.

3. p. 10.

4. p. 11.

5. p. 16-7.